O modernismo brasileiro foi
desencadeado a partir da década de 1920, mas precisamente em 1922 com a Semana
da Arte moderna. Esse movimento foi dividido praticamente em 2 fases. A
primeira foi repleta de desenhos de Tarsila, artigos em favor da língua Tupi de
Plínio Salgado e outros
“atrativos.” Já a segunda fase foi a que marcou a poesia e a prosa brasileira
com o modernismo. Os poemas eram feitos com mais liberdade de expressão e de
escrita, feitos com versos livres e não era necessária a rima. Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins
do Rego, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e outros escritores criaram um
estilo novo, completamente moderno, totalmente liberto da linguagem
tradicional, nos quais puderam incorporar a real linguagem regional, as gírias
locais. Foi palco para artistas como Carlos Drummond, Mário de Andrade e
Vinicius de Moraes.
Na verdade, o modernismo foi uma
espécie de antecedente do que viria a ser a Poesia Contemporânea. Que poderia
ser definida, como aquela que nos possibilita sentir o mundo com um olhar
único, não somente como algo grande que nós fazemos parte. Apontando seus erros
e criticando, se necessário, suas falhas. Exemplo de poema do modernismo, é “O
Bicho”, de Manuel Bandeira:
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
- Manuel Bandeira
Todo o processo que envolveu o modernismo foi essencial para que poetas conquistassem a liberdade para se expressar, de maneira a citar através de versos seus pensamentos mais pessoais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário